Curso da UFSC de introdução à arqueologia para docentes da educação básica recebe homenagem do IPHAN

08/12/2021 15:09

O Curso de Introdução à Arqueologia para docentes da Educação Básica, projeto de extensão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi homenageado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Santa Catarina (IPHAN/SC) por vencer a etapa estadual do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2020.

Realizado na modalidade educação a distância, pela plataforma Moodle Grupos da UFSC, o curso é ministrado por meio de videoaulas, textos, fóruns de discussão e recursos didáticos. Atua na formação continuada de profissionais da educação básica, com o objetivo de ampliar seus repertórios teóricos e práticos para abordar temas relacionados à arqueologia em diferentes contextos de trabalho educativo.

A iniciativa é coordenada por Flora Bazzo Schmidt, pedagoga do Museu de Arqueologia Professor Oswaldo Rodrigues Cabral (MArquE). A ação tem parceria com a Secretaria de Educação a Distância (Sead) e conta com a contribuição de parceiros que colaboraram para a elaboração dos conteúdos, notadamente pesquisadores indígenas.

O curso foi promovido pela primeira vez em 2019 e, inicialmente, o público-alvo era composto exclusivamente por docentes da educação básica (como indica o nome do projeto). Porém, conforme explica a coordenadora Flora Schmidt, devido à alta demanda apresentada, outros profissionais da educação básica, profissionais do ensino superior, profissionais que atuam na educação não-formal e estudantes de licenciaturas atualmente também podem ingressar no curso.

UFSC lança Curso de Sobrevivência no Português Brasileiro para estudantes do exterior

08/12/2021 15:06

Criado para ser uma primeira experiência do aluno internacional antes de sua chegada à UFSC e como uma importante ferramenta de auxílio ao processo de internacionalização, o Curso de Sobrevivência no Português Brasileiro surgiu de uma necessidade clara: um grande número de estudantes internacionais da UFSC entram e saem da instituição sem aprender a falar português. E foi por causa desses relatos, que a equipe da Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) uniu suas ideias e experiências à capacidade técnica da Secretaria de Educação a Distância (Sead) para desenvolver um curso 100% assíncrono, e ambientado inteiramente em situações que ocorrem na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O curso, on-line e auto-instrucional, focaliza a necessidade das universidades internacionais parceiras da UFSC em ter um primeiro contato com a estrutura e vocabulário do português brasileiro antes de iniciar suas atividades de mobilidade e/ou cooperação acadêmica.

O objetivo da Sinter e da Sead é capacitar estudantes, servidores docentes e técnico-administrativos de várias partes do globo para que possam realizar mobilidade e cooperação acadêmica na UFSC, por meio de um curso virtual com estrutura e vocabulário para que os participantes consigam se comunicar em nível elementar. O curso auxilia no processo de acolhimento dos seus participantes ao chegarem à UFSC e desperta o interesse em aprender a língua e cultura brasileiras.

A iniciativa, acredita-se, é inédita e precisou ser criada do zero, uma vez que não havia cursos parecidos em outras universidades, segundo as Secretarias. Foi desenvolvido por conteudistas, professores da área de Letras Português/Inglês, e profissionais da Sead e da Sinter.

Para a pedagoga Joyce Regina Borges, umas das responsáveis pelo desenvolvimento do conteúdo do curso, a  maior preocupação foi selecionar os conteúdos que de fato seriam essenciais para o primeiro contato com a língua portuguesa brasileira. Ela também lista como desafios o de conseguir incluir alguns aspectos culturais para melhor compreensão da língua, disponibilizar áudio da maior parte do conteúdo possível para facilitar a familiaridade com a pronúncia e conseguir fazer tudo isso em um curso com a carga horária de 20 horas.

A estrutura é formada por cinco módulos de conteúdos, cada um deles composto por três aulas. Ao final das aulas são disponibilizadas atividades da seção “Minuto de Prática”, onde os cursistas aplicam os novos conteúdos com atividades de feedback automático, buscando assim garantir a aprendizagem, autonomia, e verificar o aproveitamento obtido no curso.

Divisão dos módulos do curso. (Imagem: Print de tela do curso)

Os módulos também apresentam a seção “Culturema”, na qual são apresentados alguns aspectos da cultura brasileira, e a seção “Hora da Dica”, com informações úteis para ajudar os cursistas no contato com a nova língua.

Nesta jornada, de reconhecimento da língua e apresentação da UFSC, os alunos não estarão sozinhos. Receberão a ajuda de Diogo, Natália e Lincoln, que são personagens inspirados em servidores da UFSC. Também terão a companhia de Angela, Frederick e Paloma, personagens fictícios, que, ao longo do curso, compartilham suas experiências como estudantes estrangeiros na UFSC. Todos os áudios dos personagens do curso foram gravados por servidores da Sinter (Bruno Wanderley Farias, Caroline Finatti, Diogo Robl, Guilherme Carlos Costa, Luciana Miashiro Lima e Paula Eduarda Michels).

Para o secretário de Educação a Distância (Sead), Luciano Patrício Souza de Castro, toda iniciativa de capacitação a distância deve ser encarada atualmente como uma grande e comprovada oportunidade de atingir com eficiência e efetividade resultados reais de aprendizagem. Nesse sentido, o Curso de Sobrevivência no Português Brasileiro, no modelo auto instrucional (sem acompanhamento de tutoria), é envolvente ao considerar a aprendizagem centrada nos cursistas por meio de muita tecnologia que facilita e descomplica a conclusão do curso. Os conteúdos, a proposta pedagógica, o visual e a navegabilidade do curso, são fatores de impacto que garantem o sucesso dos cursistas dispostos a sobreviverem no português brasileiro.

Personagens interagem com os alunos para maior didática e aproveitamento do curso. (Imagem: Print de tela do curso)

“O curso é visionário, totalmente inovador e poderá, inclusive, atrair estudantes do mundo todo, que desejam estudar português na UFSC”, afirma o professor Lincoln Fernandes, Secretário de Relações Internacionais. Ele apresenta dados do crescimento de alunos internacionais na Universidade, em decorrência do ensino remoto. Antes da pandemia, a Universidade tinha, aproximadamente, 250 estudantes presenciais, por semestre, provenientes de outros países espalhados pelos cursos e campi da universidade. Agora, a soma já ultrapassa o dobro desse número de estudantes, realizando atividades de forma remota.

Após esse primeiro teste, o curso será reavaliado e passará por ajustes para que ele fique ainda melhor para todos os alunos. Assim que estiver tudo ajustado, ele deve ser liberado pela plataforma do Moodle para estudantes ao redor do mundo. “É importante salientar que este curso tem como público-alvo pessoas falantes do inglês, mas a ideia é adaptá-lo, em breve, aos falantes das outras línguas: espanhol, francês, alemão, italiano, mandarim, russo, etc”, conclui Lincoln.O curso está agora na fase de testes. Uma versão inicial já foi divulgada internacionalmente, e, segundo a Sinter, muitos parceiros estrangeiros já estão querendo saber quando seus alunos poderão fazê-lo. A professora Gisele Orgado, egressa da UFSC, é a responsável pela realização da experiência piloto do curso, com os alunos de português da University of Birmingham, no Reino Unido.

Mais informações sobre o curso no site da Sinter.

Confira a introdução do curso:

 

Gabriela Zwang / Estagiária de Jornalismo da Agecom / UFSC

 

Cursos de graduação a distância oferecidos pela UFSC promovem formatura de 60 alunos

04/10/2021 18:50

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promoveu no dia 21 de setembro uma das maiores formaturas de cursos de Graduação na modalidade Educação a Distância (EaD) dos últimos anos. Em uma solenidade online, receberam o grau de bacharel 40 alunos do curso de Administração Pública e 20 alunos do curso de Administração, formados no âmbito do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB). A solenidade foi transmitida pelo canal no YouTube do Centro Socioeconômico (CSE).

“Toda colação de grau é um momento importante. Esta, em particular, mostra que a UFSC nunca parou durante a pandemia. Pelo contrário, utiliza sua expertise no ensino a distância tanto nos cursos integralmente nessa modalidade quanto nos presenciais que ocasionalmente estão sendo ofertados remotamente”, observa o Secretário de Educação a Distância da Universidade, Luciano de Castro.

Os cursos EaD da UFSC sempre despertaram o interesse da comunidade. No último vestibular para a modalidade, realizado em 2017, mais de 7 mil candidatos se inscreveram para disputar cerca de 1.400 vagas, oferecidas nos cursos de Bacharelado em Administração e Administração Pública e nas Licenciaturas em Ciências Biológicas, Filosofia, Física, Letras – Língua Portuguesa e Matemática.

Os números de formados nos cursos de Graduação na modalidade a distância também são robustos. Desde 2010, cerca de 4 mil alunos concluíram os cursos da UFSC, a metade deles em cursos oferecidos por meio do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB).

Interiorização
O UAB é um programa do Ministério da Educação (MEC) que busca ampliar e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior, por meio da educação a distância. A prioridade é oferecer formação inicial a professores em efetivo exercício na educação básica pública, porém ainda sem graduação, além de formação continuada àqueles já graduados. Para isso são oferecidas as diversas Licenciaturas. Os cursos de Administração Pública são ofertados pelo Programa Nacional de Administração Pública (Pnap).

Em Santa Catarina, a UFSC é a sede do programa Universidade Aberta do Brasil e coordena 17 polos de apoio regionais, onde são organizadas turmas e podem ser realizadas algumas atividades pedagógicas presenciais, avaliações e contato com tutores e professores. Atualmente, em torno de 600 alunos estão matriculados em cursos a distância da UAB/UFSC, dos quais a metade nos cursos de Administração e Administração Pública.

Cerca de cem pessoas estão envolvidas nos cursos ministrados pela UFSC no âmbito da UAB, entre eles coordenadores de curso, professores formadores, professores conteudistas, tutores presenciais e tutores a distância, além da atuação do coordenador geral, adjunto e coordenador de tutoria da UAB. Todos são remunerados por bolsas. A coordenação da UAB na UFSC mantém uma espécie de “portal de transparência“, onde são publicados, mês a mês, o total de bolsas pagas e a relação dos bolsistas beneficiados.

Mesmo sem a oferta de novos cursos no âmbito da UAB desde 2017, a procura por cursos a distância oferecidos pela UFSC é grande. “Quase todos os dias recebemos e-mails perguntando sobre novas ofertas, mas infelizmente ainda não temos previsão, pois os cursos da UAB são por editais”, diz o professor Rafael Pereira Ocampo Moré, coordenador do programa UAB na UFSC. A Universidade está aguardando a publicação de novos editais pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Além dos cursos da UAB, a UFSC também oferece o curso EaD em Letras-Libras, que é o único institucional ofertada pela própria Universidade.

Versão em inglês de livro infantil com realidade aumentada conta a história das fortalezas

02/09/2021 21:27

Acaba de ser lançada a versão em inglês do livro infantil sobre a história das fortalezas: “Fortresses of the island: a visit to the past”. O material traduzido faz parte do projeto “Aprender sobre a história também é coisa de criança”, realizado pela Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC), da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), e foi produzido em parceria com a Secretaria de Educação a Distância (SEAD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O material é disponibilizado gratuitamente e pode ser acessado aqui. Se preferir, faça download.

Clique aqui para ter acesso à versão em português.

Em 2019, no 8º Seminário de Literatura Infantil e Juvenil “(R)ex(s)istências Literárias na contemporaneidade”, a CFISC, juntamente com a SEAD, lançou o livro “Fortalezas da Ilha: uma visita ao passado”. Trata-se de uma publicação que conta, de forma lúdica e por meio de belas ilustrações de aquarela, a história do sistema defensivo construído pelos portugueses no século XVIII para garantir a posse da região e proteger o território.

Ao folhearem o livro, as crianças conhecerão personagens como o Brigadeiro José da Silva Paes, o engenheiro militar responsável por projetar e estruturar o sistema defensivo formado pelas fortalezas. A narrativa mostra a disputa territorial entre portugueses e espanhóis, construção, uso, abandono, reconstrução e transformação das fortalezas em museus.

O livro traz, ainda, o recurso de realidade aumentada, por meio da qual é possível ver, por exemplo, uma animação com uma caravela saindo de Portugal para o Brasil. A SEAD foi a responsável pela organização desse conteúdo. É necessário instalar um aplicativo e, então, os leitores poderão ver, com o uso de um celular, imagens das primeiras quatro fortalezas construídas por Portugal para proteger a Ilha de Santa Catarina. Com o uso desse recurso, também é possível ver como ficou uma das fortalezas após o restauro, com sobreposição das imagens antiga e atual.

 

As fortalezas: patrimônio mundial

O início da construção do Sistema Defensivo da Ilha de Santa Catarina data de 1739, completando, portanto, 282 anos. A UFSC administra as três fortalezas da Baía Norte (Santa Cruz de AnhatomirimSanto Antônio de Ratones e São José da Ponta Grossa) desde 1979. As fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim e Santo Antônio de Ratones estão construindo candidatura, junto com outras fortificações brasileiras, para se tornarem patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Programa de Mobilidade Virtual abre inscrições da segunda turma para os cursos virtuais de extensão

23/06/2021 22:25

Começam na sexta-feira, 25 de junho, as inscrições para a segunda oferta do Programa de Mobilidade Virtual (PMV), conjunto de cursos virtuais de extensão em línguas estrangeiras e português, iniciativa conjunta da Secretaria de Relações Internacionais (Sinter), Pró-Reitoria de Extensão (Proex), Secretaria de Educação a Distância (Sead) e Secretaria de Planejamento (Seplan). O prazo vai até 10 de julho, e os cursos serão realizados de 12 de julho a 20 de agosto. Informações mais detalhadas estão no portal https://pmv-sinter.ufsc.br/.

Serão beneficiados estudantes internacionais e da própria instituição, mas a comunidade externa também pode participar. A iniciativa pretende fortalecer relações com parceiros estrangeiros, oferecer um ambiente internacional e contribuir na “formação de uma mentalidade intercultural acadêmica de nossos futuros cidadãos/profissionais globais”, conforme explica o secretário de Relações Internacionais da UFSC, Lincoln Fernandes. A primeira turma, que se encerra no dia 9 de julho, teve cerca de 1200 inscritos.

Os cursos disponíveis são:

– Brazilian Sign Language Course: Learn the Basics;
– Découvrir le patrimoine archéologique du Sud du Brésil: Santa Catarina;
– Desafíos de aprender en un mundo digital;
– Digital Possibilities in Restorative Dentistry;
– Digital transformation in education: approaching immigrant teachers and native digital students;
– Diritti umani e Obiettivi per lo sviluppo sostenibile;
– Industry 4.0: Technology Revolution;
– Português como língua adicional [PLA];
– Tendencias de la Transformación Digital en la Educacion Superior;
– Writing and Publishing Scientific Papers.

Edital Conjunto Nº 1/2021/SINTER/PROEX/SEAD/SEPLAN

18/03/2021 12:32

Foi lançado ontem, dia 17 de março de 2021, o edital conjunto para a contratação de bolsistas tutores para atuarem como parte da equipe técnica de elaboração de oferta de cursos virtuais de extensão, objeto do Edital nº1/2021/PROEX/SINTER/SEAD/SEPLAN.

Podem participar os estudantes regularmente matriculados de graduação e pós-graduação da UFSC.

Para mais informações em relação aos requisitos, critérios, normas e cronograma, leia aqui o Edital e o Aditivo nº1 na íntegra.

Sead apresenta espaço para reunir práticas pedagógicas inspiradoras

23/11/2020 13:17

Desde a suspensão das atividades acadêmicas presenciais na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em função do isolamento social gerado pela pandemia de Covid-19, os docentes estão se transformando e conhecendo nas suas rotinas as melhores formas de conduzir suas atividades pedagógicas não presenciais com seus alunos. Nesse cenário, a Secretaria de Educação a Distância da UFSC (Sead) então está reunindo ideias inspiradoras que se destacam no desenvolvimento das atividades pedagógicas não presenciais. O objetivo é organizar uma série de relatos que sirvam de referência para os docentes aperfeiçoarem suas disciplinas.

Para tal fim, convidamos você a participar compartilhando sua prática conforme os temas previstos na página especialmente criada a este fim, no link abaixo:

>>Práticas Pedagógicas Inspiradoras<<

Após conhecer essas iniciativas, neste espaço a SEAD quer divulga-las e dar visibilidade, a fim de que a sociedade brasileira conheça melhor os bons exemplos nas instituições de ensino e que estes sejam inspiração para outros profissionais. Posteriormente essa ação SEAD estará associada ao evento Seminário Profor, promovida Pró-reitoria de Graduação da UFSC, que acontecerá em março de 2021 e que tratará de questões relacionadas ao ensino de graduação no atual contexto. Para mais informações, acesse a página da iniciativa.

Cartilha reúne informações para docentes nas atividades de ensino não presencial

24/07/2020 22:05

A Secretaria de Educação a Distância (Sead) da Universidade Federal de Santa Catarina, preparou uma cartilha destinada especialmente aos docentes, na preparação de atividades pedagógicas não presenciais. O material aborda desde os primeiros passos para inserção de aulas no contexto não presencial até as questões de direito autoral, passando por dicas, melhores recursos tecnológicos e elaboração de matriz instrucional. A cartilha contou com a parceria da Secretaria de Assuntos Institucionais (Seai) e pode ser acessada no link.

“Trata-se de uma organização e produção de conteúdos que visam auxiliar os docentes no planejamento e desenvolvimento de suas atividades pedagógicas não presenciais não somente nesse período pandêmico mas também no futuro, com a implementação de propostas de ensino virtual com a aplicação de muitos recursos tecnológicos,” aponta o secretário da Sead, Luciano Patrício Souza de Castro.

A elaboração do material também contou com a colaboração do Núcleo de Pesquisa em Propriedade Intelectual (NUPPI), que é um grupo de pesquisa vinculado ao Centro de Ciências Jurídicas da UFSC, e da Secretaria de Aperfeiçoamento Institucional (SEAI), que elaboraram o capítulo dedicado ao tema do Direito Autoral e suas possíveis implicações no âmbito do ensino não presencial.

>> Acesse a cartilha AQUI

Recursos Tecnológicos de Aprendizagem

A Sead reúne uma série de materiais voltados para estudantes, docentes e TAEs no site Recursos Tecnológicos de Aprendizagem (RTA). Desde o início da pandemia, a Sead disponibilizou recursos para promover o modelo de aprendizagem a distância, e criou também a página dos RTAs, com e-books, cursos, vídeos, tutoriais, artigos, dicas e listas de programas e sites que podem ajudar na capacitação para a educação na modalidade não presencial.

 

Acesse também:

Cursos – Capacitação durante a Pandemia

UFSC promove esforço para atender à grande procura por capacitações de docentes e técnicos

06/07/2020 13:03

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está empenhada em responder a um grande aumento de procura por cursos de capacitação profissional, principalmente os voltados para o uso de ferramentas e plataformas digitais de ensino e comunicação. Cursos e treinamentos oferecidos pela Coordenadoria de Capacitação de Pessoas (CCP), pelo Programa de Formação Continuada (Profor), pela Secretaria de Educação a Distância (Sead) e por núcleos de produção de conteúdos digitais criados a partir de um edital da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) rapidamente preencheram as vagas oferecidas.

A demanda por capacitação de professores e servidores administrativos em novas tecnologias de ensino e trabalho remoto foi evidenciada na pesquisa realizada com docentes e técnicos da UFSC. No levantamento feito com os professores, a grande maioria informou possuir equipamentos, acesso à internet de boa qualidade e ambiente favorável no domicílio para realização de atividades remotas. Porém, quase um terço dos docentes tem pouca familiaridade com o uso de tecnologias digitais em educação. Muitos gostariam de receber capacitação em plataformas de comunicação e videoconferência, como Google Meet (64,1%) e Zoom (61,1%).

Em relação ao Moodle, sistema de apoio à aprendizagem executado em ambiente virtual, 65,2% dos professores declararam ter boa familiaridade. Ainda assim, 27% não conseguem realizar ações básicas no Moodle sem ajuda e 75,9% não conseguem realizar ações avançadas sozinhos. Por isso, 47,3% dos docentes que responderam à pesquisa disseram que gostariam de receber capacitação para utilizar recursos básicos e 85,4% afirmaram desejar cursos para utilização dos recursos avançados do Moodle.

Aprimoramento

A Coordenadoria de Capacitação de Pessoas (CCP) da Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp) está tentando adaptar processos para atender às demandas por capacitação dos servidores da UFSC. A Prodegesp mantém o Portal da Capacitação, principal ferramenta de aprimoramento e desenvolvimento profissional para os servidores docentes e técnico-administrativos da universidade.

Os cursos oferecidos diretamente pela UFSC são programados com antecedência e precisam de autorização do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (Sipec). Dos 54 cursos programados para este ano, a grande maioria foi proposta na modalidade presencial ou semipresencial. Agora, a CCP trabalha para tentar migrar para a modalidade a distância os cursos que forem passíveis de conversão para o novo formato. “Precisaremos ao final do ano justificar a troca de modalidade ou até de curso junto ao Sipec”, diz a coordenadora de capacitação de pessoas, Monica Feitosa Gonçalves.

Até o momento, não foi oferecido nenhum curso de capacitação diretamente orientado para o trabalho remoto. O único curso relacionado ao tema, “Noções Básicas de Saúde e Segurança no Trabalho em tempos de Covid-19”, oferece 40 vagas e já tem 163 inscritos. “Desde o início da pandemia, ofertamos sete ações de capacitação, todas por educação a distância. Todas com mais inscritos do que vagas. A procura é grande”, revela Monica Feitosa.

Ela lembra que, para aprimorar a sua capacitação, os servidores podem recorrer também a cursos oferecidos pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) ou pela Escola Virtual de Governo (EV.G). “Os cursos podem ser utilizados para a progressão por capacitação, desde que atendam aos dispositivos legais de progressão por capacitação”, diz a coordenadora da CCP.

Na pesquisa realizada entre os servidores para verificar as condições de trabalho remoto, 43% declararam que gostariam de receber capacitação para utilizar recursos básicos do Moodle, e 57,5% para utilizar recursos avançados. Também houve interesse em capacitações para uso de plataformas de webconferência, como Zoom e Google Meet. De acordo com Monica Feitosa, os cursos de Moodle são ofertados pelo Profor (aos professores) e pelos núcleos formados pela Proex (para toda a comunidade). Em relação às outras demandas de capacitação, a CCP divulgou, via e-mail, uma relação de cursos que são ofertados em outras instituições federais de ensino, a distância e gratuitos.

Extensão

Além das ações regulares de capacitação na UFSC, uma nova iniciativa veio reforçar a oferta de cursos na área. No começo de junho, a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) lançou um edital para incentivar a criação de Núcleos de Produção de Conteúdos Digitais. Os núcleos são programas que se dedicarão a oferecer “cursos de extensão sobre o uso de tecnologias digitais em educação e apoiar os docentes em todo o processo de preparo para o uso dessas tecnologias”, conforme texto do edital. Os cursos, no entanto, são gratuitos, e abertos a toda a comunidade interna e externa à UFSC.

No lançamento, o pró-reitor de Extensão, Rogério Cid Bastos, afirmou que os objetivos do edital eram de longo prazo, buscando promover uma transformação na prática de ensino tradicional. Disse que as novas gerações já nascem sob novas influências e comportamentos e que é necessário “se apropriar dessas influências e tecnologias para se promover com todos uma nova forma de educação”. Entre os programas didáticos relacionados no edital estão os cursos “ações básicas e avançadas do Moodle” e “produção de conteúdo digital”.

Foram criados 17 núcleos de produção digital, que já estão ofertando diversos cursos. Cada curso deve oferecer no mínimo 30 vagas. “Os cursos estão com muita procura, turmas lotadas”, informa Graziela De Luca Canto, diretora do Departamento Administrativo da Proex. O Digicampus – Núcleo de Prática Digital, por exemplo, em menos de dez horas completou as primeiras turmas para os cursos de “Design de conteúdos educacionais para redes sociais” e “Técnicas de produção audiovisual para o ensino remoto”.

Os 17 núcleos estão em 10 dos 15 Centros de Ensino da UFSC (CSE, CCE, CFM, CED, CCS e CTC), além de pelo menos um núcleo em cada campus da UFSC. Há um núcleo voltado para a educação em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e dois núcleos que concentram-se na Educação Básica, por meio do Colégio de Aplicação.

Educação a Distância

A Secretaria de Educação a Distância (Sead) também identificou um aumento do interesse da comunidade acadêmica no assunto. “Temos recebido várias dúvidas sobre cursos e tutoriais e tivemos um número muito acima do esperado nesse curso de Moodle”, diz o professor Luciano Patrício Souza de Castro, secretário de Educação a Distância. Ele se refere ao curso “Espaço de Formação e Inovação: Moodle”, que teve 1.046 inscritos. O curso é oferecido na própria plataforma e a Sead está fazendo adaptações para atender todo os inscritos.

A Sead mantém em seu portal a página Recursos Tecnológicos para Aprendizagem, que reúne e-books, cursos, vídeos, tutoriais, artigos, dicas e listas de programas e sites que podem ajudar na capacitação dos professores. O conteúdo da página inclui vídeos e leituras sobre “Fundamentos do trabalho pedagógico na Educação a Distância” e dicas e tutoriais de ferramentas para realização de videoconferências, videoaulas, podcasts, ferramentas diversas da UFSC e outros. Também há links para repositórios, tutoriais para recursos de aulas on-line, cursos de Moodle, listas de cursos sobre webconferência e sobre cursos on-line abertos massivos (Moocs).

Formação Continuada

No Programa de Formação Continuada (Profor), que oferece cursos para capacitação de docentes nos cinco campi da UFSC, também foi detectado um aumento na procura. Como geralmente as turmas são pequenas, houve casos em que foi preciso fazer uma seleção dos participantes. “Estamos tentando melhorar nossa capacidade de absorção da demanda”, diz a coordenadora de avaliação e apoio pedagógico, Janaina Santos, ressaltando que isso depende da captação de recursos para pagamento dos ministrantes.

Ela informa que cresceu o interesse dos professores em cursos relacionados a tecnologias de ensino a distância. O curso de “Inovação no Ensino Virtual”, que é totalmente autoinstrucional, através do Moodle, teve 58 inscritos na primeira turma e 252 na segunda turma (que oferecia 130 vagas, mas todos os inscritos puderam participar). O curso “Moodle Intermediário: Questionários” oferecia 30 vagas mas teve 124 inscritos.

Este ano, até o momento já foram realizados oito cursos, que atingiram 571 docentes. Os professores receberam capacitação nas áreas de Legislação da Carreira do Magistério Federal; Moodle Básico; Docência Acessível; Oficina de Game Comenius: aprendendo a jogar para ensinar com jogos; Avaliação da aprendizagem no Ensino Superior: possibilidades e desafios; Moodle Intermediário: Questionários; Inovação no Ensino Virtual e Introdução ao Empreendedorismo Acadêmico.

A chamada pública para proposição de cursos de capacitação do Profor em 2020, realizada no final de 2019, aprovou 13 projetos, dos quais cinco presenciais e dois semipresenciais. Agora a Prograd está entrando em contato com os ministrantes desses cursos para saber se é possível oferecer algum deles na modalidade a distância.

Na pesquisa sobre necessidade de capacitação para o Profor em 2021, a Prograd detectou também uma grande demanda por cursos na modalidade a distância com temáticas voltadas para a educação e tecnologias de ensino não-presenciais. “Neste momento de pandemia, adaptaremos nossas atividades para a modalidade não presencial e, quando retornarmos às atividades acadêmicas presencialmente, as atividades do Profor serão realizadas na modalidade mais adequada metodologicamente à proposta da formação docente”, destaca Janaina Santos.

Luís Carlos Ferrari / Agecom / UFSC